sábado, 23 de fevereiro de 2008

Joguinho das palavras

Basta papel, caneta e amigos criativos para garantir muita risada com o joguinho das palavras. De regras bastante simples, a modalidade ainda não foi oficialmente batizada. Vamos ao jogo.
Cada participante deve ter um objeto que escreva e um pedaço de papel. Uma pessoa por rodada será a mestre de crimônia (ou leitora, mediadora). As demais falam letras aleatórias, a princípio três, depois quatro, cinco, até seis e volta gradativamente até novamente três. As letras escolhidas devem ser as iniciais de palavras que formem uma frase, a respeito de um tema definido pelo mediador da rodada (que não escreve frase).
Os participantes entregam suas frases ao mediador da rodada, que por sua vez irá ler uma a uma as construções dos colegas. Cada jogador vota na sua frase favorita seja qual for seu critério de escolha (seriedade, ironia, dadaísmo, rima). Os criadores das frases votadas recebem equivalente número de pontos. Não é permitido votar na sua própria frase.

Exemplo:

Róli fala "C", Michele "F" e Amatuzzi "P".
C F P
mediadora da rodada é a Juba, que escolhe o tema "deserto".

Amatuzzi escreve: Camelos Fortuitos Passeiam.
Róli: Camelos Ficam Pirando.
Mi: Cansada Fumei Palheiro. (certa fuga do tema, mas acontece)
Gui: Calor Fudido, Parceiro!

Juba lê as quatro frases, sem revelar quem as escreveu. E cada um vota na que achou melhor.

Amatuzzi vota em calor fudido; Róli vota em camelos fortuitos, assim como a Mi; Gui vota em camelos ficam pirando.

2 pontos para Amatuzzi
1 ponto para o Gui
1 ponto Róli.

Quando chega em seis letras é Tema Livre...daí a galera pira forte!

A brincadeirinha se tornou um sucesso na Casa Trushna...

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Dia das Mães Trushna



Um sábado dedicado às famílias. Preparamos um café da tarde em que participaram mães, vós, tias, primas e netos. Foi uma tarde muito agradável que desejamos repetir mais vezes.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Curitiba revisitada

Um texto fenomenal do Vampiro, para agradar amantes da literatura e causar polêmica entre os curitibocas. As fotos são minha e do Roli, respectivamente. Boa viagem!



Que FIM ó Cara você deu à minha cidade
a outra sem casas demais sem carros demais sem gente demais
ó Senhor sem chatos demais
essas tristes velhinhas tiritando nas praças
essas pobres santíssimas heróicas velhinhas
todas eram noivas todas tinham dezoito anos todas coxas fosforescentes
todas o teu único e eterno amor
que fim levaram
a que fim me levaram?

quem sabe até uma boa cidade
ai não chovesse tanto assim
chove pedra das janelas do céu chove canivete dos telhados
chovem mil goteiras na alma
nesse teu calçadão de muito efeito na foto colorida
não se dá um passo sem escorregar dois e três
como faz frio espirro tosse gripe sinusite
de você para sempre o sol esconde o carão de nariz vermelho

uma das três cidades do mundo de melhor qualidade de vida
depois ou antes de Roma?
segundo uma comissão da ONU
ora o que significa uma comissão da ONU
não me façam rir curitibocas
nem sejamos a esse ponto desfrutáveis
por uma comissão de vereadores da ONU

ó cidade sem lei
capital mundial de assassinos no volante
santuário do predador de duas rodas sobre o passeio
na cola do pedestre em extinção



a melhor de todas as cidades possíveis
nenhum motorista pô respeita o sinal vermelho
Curitiba européia do primeiro mundo
cinqüenta buracos por pessoa em toda calçada
Curitiba alegre do povo feliz
essa é a cidade irreal da propaganda
ninguém viu não sabe onde fica
falso produto de marketing político
ópera bufa de nuvem fraude arame
cidade alegríssima de mentirinha
povo felicíssimo sem rosto sem direito sem pão
dessa Curitiba não me ufano
não Curitiba não é uma festa
os dias da ira nas ruas vêm aí

eis o eterno vulcão de fumo pestífero do Hospital de Clínicas
você toca na torneira quem viu água de tal cor
a menina atende o telefone outra vez o maníaco sexual
ali na rua o exibicionista que abre a capa preta
em cada janela o brilho do binóculo do frestador
batem na porta é um assalto
na praça leva um tranco já sem carteira nem tênis
tua mulher sobe no ônibus cadê a bolsa
tua filha pára na esquina lá se foi o quinto relógio
não proteste não corra não grite
do ladrão ou do policial
o primeiro tiro é na tua cara

cinqüenta metros quadrados de verde por pessoa
de que te servem
se uma em duas vale por três chatos?

até os irmãos cenobitas
no resto do mundo a igreja fiel da quietude
os irmãos chamados silenciosos
e na Rua Ubaldino
os adoradores da bateria e da guitarra elétrica do Juízo Final
que murcham as flores
azedam o leite da moça grávida
espantam o último gambá do porão

ai da cólera que espuma teus urbanistas
apostam na corrida de rato dos malditos carros
suprimindo o sinal e a vez do pedestre
inaugurada a caça feroz aos velhinhos de muleta
se não salta já era
em cada esquina os cacos da bengala de um ceguinho
quem acerta o primeiro paraplégico na cadeira de roda

não me venham de terrorismo ecológico
você que defende a baleia corcunda do pólo sul
cobre os muros de signos do besteirol tatibitante
grande protetor da minhoca verde dos Andes
celebra cada gol explodindo rojão bombinha busca-pé
mais o berro da corneta rouca ó mugido de vaca parida
a isso chama resgate da memória

não te reconheço Curitiba a mim já não conheço
a mesma não é outro eu sou
nosso caso passional morreu de malamorte
a dança do apache suspensa entre o beijo e o bofetão
cada um para seu lado adeus nunca mais
aos teus bares bordéis inferninhos dancings randevus
cafetinas piranhas pistoleiras putanas
virgens loucas virgens profissionais meias virgens
as que nunca foram

nenhum cão ou gato pelas tuas ruas
todos atropelados
um que se salve aos pulos da perninha dura
pronto fervendo na panela do teu maloqueiro
nunca mais a visão da cadelinha arretada
com a fila indiana de galãs vadios
nunca mais a serenata de gatões no telhado
nunca mais uma simples moça feia à janela
cotovelos na almofada de crochê

nada com a tua Curitiba oficial enjoadinha narcisista
toda de acrílico azul para turista ver
da outra que eu sei
o amor de João retalha a bendita Maria em sete pedaços
a cabeça ainda falante
o medieval pátio dos milagres na Praça Rui Barbosa
as meninas de minissaia rodando a bolsinha na Rua Saldanha
o cemitério de elefantes nas raízes da extremosa na Santos Andrade
o necrófilo uivador nos túmulos vazios das três da manhã

não me toca essa glória dos fogos de artifício
só o que vejo é tua alminha violada e estripada
a curra de teu coração arrancado pelas costas
verde? não quero
antes vermelha do sangue derramado de tuas bichas loucas
e negra dos imortais pecados de teus velhinhos pedófilos

por favor não me dê a mão
não gosto que me peguem na mão
essa tua palma quente e úmida
odeio o toque do polegar no meu punho
horror de perdigoto no olho
me recuso a ajoelhar no templo das musas pernetas
aqui pardal aos teus panacas honorários e bacacas beneméritos

essa tua cidade não é minha
bicho daqui não sou
no exílio sim orfão paraguaio da guerra do Chaco

o que fica da Curitiba perdida
uma nesga de céu presa no anel de vidro
o cantiquinho da corruíra na boca da manhã
um lambari de rabo dourado faiscando no rio Belém
quando havia lambari quando rio Belém havia
o delírio é tudo meu do primeiro par de seios
o primeiro par de tudo de cada polaquinha

e os mortos quantos mortos
uma Rua 15 inteirinha de mortos
a multidão das seis da tarde na Praça Tiradentes só de mortos
ais e risos de mortos queridos
nas vozes do único sobrevivente duma cidade fantasma
Curitiba é apenas um assobio com dois dedos na língua
Curitiba foi não é mais

(Dalton Trevisan, Dinorá, 1994)

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Auto-retrato


Essa pira maluca foi fotografada pelo Caron. É o Simon se auto-retratando com um isqueiro. Cada dia sai uma foto melhor que a outra na casa. Valeu amigos!

Casal nota 10


No Carnaval eles foram o Rei Momo e a Abelinha. Beberam, dançaram, pularam como todo mundo. Porém na quarta-feira de cinzas, Ana e Ciorímau vieram nos ajudar no faxinão, como registrou nosso fotógrafo oficial, Daniel Caron, que por sinal também ajudou.
Mesmo assim, tenho certeza que vou encontrar confetes pela casa durante o resto da vida!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Projeto Canción - o retorno

Queridos amiguinhos, desculpem interromper o momento Trushna, mas divulgar o trabalho faz parte: acabei de postar uma matéria no projeto canción, agora em Curitiba e região com viés ecológico.

Podem conferir, é:
www.projetocancion.blogspot.com

Gracias a todos pela atenção!

PRÓXIMA FESTA

Enquanto a galera não manda mais fotos do Carnaval, já vou anunciar a próxima grande festa da Casa Trushna: Boas-vindas à Manoela Paranhos, nossa querida e saudosa Manuca. Ela chega direto de Teresina do Goiás a partir do dia 17, que é um domingo.

Em um dos últimos apavoros noturnos, a polícia bateu em nossa porta, portanto, por algum tempo vamos optar por realizar as festas de dia. Vou conversar com a Michele Leyser para ela tocar, pois segundo o Caron - nosso DJ do Carnaval - ela é muito superior a ele.

Gostaria de saber de nossos leitores que gostam, simpatizam, admiram ou amam aquela baixinha maluca, se sábado, 23, é uma boa data. Por favor galera, sem desculpas de "ninguém me convidou". Na Casa Trushna não é necessário covite, isso sempre ficou claro. As informações sempre estarão aqui no blog.

O importante é que possamos festejar a alegria de rever uma grande amiga. Tenho certeza que, assim como foi com o Augusto, a festa pra Manu será inesquecível!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

A queda

Acompanhem a sequência: Monteiro foi fazer um agradinho no Fofo.











Cai ou não cai?





E lá se foi uma cadeira...
Que situação!

Caras e bundas parte 2


Superpoderosa


O que tem no sangue dessa família? Só faltou o Neto.


A Maria se divertiu bastante no baile.


Lucinha só no batidão.


Que muro fotogênico!

Caras e bundas


Que beleza.


Pirata merrmo.


Elas têm carinha de anjo, mas aprontaram...



Guarda florestal e fadinha.


Zorro, biba!

A evolução da liberdade




Memorável carnaval. Nunca Curitiba ficou tão quente sob a sombra de suas araucárias. Uma festa que só poderia acontecer na dimensão Trushna.
Tudo começou às quatro da tarde; alguns poucos timidamente tomando suas catuabinhas enquanto a cerveja gelava. "Que clima de carnaval, hein...", comentou alguém. Mas era só o começo.
As fotos dos nossos ilustres fotógrafos Caron, Carlitcha, Juju e Janara Lopes comprovam a rápida ascensão energética da festa. Lucinha dançou na boquinha da garrafa, Janara prometeu um embate com o Drag Fofo mas não cumpriu, Luísa soltou a periquita, Caron desceu a mão no pancadão e até a Mãe Natureza ficou descontrolada.
Memorável carnaval.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Aniversário do Augusto

Ontem meu irmão de coração, Augusto Lopes, comemorou seus 30 anos em uma gostosa festa na Casa Trushna. Infelizmente ele já deixou Curitiba, mas apesar de curta, sua passagem é sempre agradável. Pude matar a saudade daquele sotaque carioca que ele não vai perder morando em lugar algum.


O primeiro absurdo é que havia uma dúzia de fotógrafos, mas só quem registrou imagens foi o celular(?!) de Rodrigo Sóppa. E o segundo absurdo é que o homenageado da noite não foi fotografado. Mas o que importa é que foi uma noite muito legal, na minha opinião a melhor festa que já houve na casa. Com direito a mesa de som e luzes coloridas. O Augusto merece!


Até a próxima irmão...